Toca a melodia... as notas soltas transformam-se em agonia lenta que fere... que doi e mata...não se refere ao perdão mas sim aos males evocados do coração. Trata-se da chama que foge das profundidades do ser... trata-se do grito pela liberdade... a vontade de viver sem regras, sem constragimentos...Porque insistem em criar barreiras ao sol? ...
Vivem na escuridão dos sentimentos, oprimem-se a cada instante e não avaliam a importância do ponteiro dos relógios a passar... a passar... sem medo. A luz dá lugar à sombra e o grito abafa o silêncio do pensamento. Os lábios colam-se e as palavras ficam retidas no vazio... perdem a sua significação e tornam-se frustrações. Bastava um raio... uma ruptura no momento certo para que tudo soubesse a liberdade...mas não...nada sabe a liberdade.
O beijo cede e a sua ternura é invadida pelo sangue, que frio gela os movimentos e nos torna frágeis...vulneráveis. Pego num vidro e corto-me... Porque não doi?... a dor tornou-se familiar, faz parte da essência de quem vive ou de quem luta por não viver assim - É tudo uma questão de atitude.
Num lugar perdido como este, as atitudes nao prevalecem... antes sim...desvanecem e transformam-se em padrões do sentir, do pensar e do agir. A flor que um dia todos ousaram desprezar procura um novo desejo de emergir e com a gota rompe com o conhecido... a flor contém-se agora em si. A vida ganha novo alento quando somos abençoados com a força inesperada... tocamos e já conseguimos sentir. Sentimos a textura do amor, do ódio, da vida... mas é assim que constituimos o EU, o TU e o NÓS.
Se nada sabe a liberdade é porque a lingua está presa nas correntes do conhecido...o segredo está em trincar sem medo o que se desconhece! O medo é mero artificio do mundo e pode ser combatido com a força da unidade. Deixo aqui a formúla da vida:
[ Liberdade = ser único + TU + NÓS - Medo ].
[ O segredo está em não deixar que a Liberdade seja um problema de expressão, torna-te a lenda de uma vida. ]