Sinais do Tempo

Pousado sobre o cansaço respiro. Olho em redor e a fraqueza que agora me alimenta o espirito ganha força e corroi os meus sentidos.
De visão turva peço que alguém me estenda a mão e me acaricie o rosto...apenas um toque...
Quero ausentar-me do mundo e ascender às constelações, delas captar a energia para a nova jornada do amanhã. Todos me consomem, me exigem aquilo a que eu já não consigo responder...as vozes são mudas e repetitivas: não! não! não consigo mais!
Penso em desafiar a minha capacidade humana, mas recuo com medo do seguinte... Vivo neste impasse e não consigo desenhar planos futuros.
Quero parar e beijar-me, sentir-me a mim próprio e recompensar-me pelo que sou... quero ter tempo para mim.
Os sinais tornam-se visí­veis e no rosto acumulam-se as tensões de cada frustração vivida. Leio o que escrevo e nem sei se faz sentido... Auto-censuro-me e tento não escrever mais...não quero um drama...quero apenas desabafar.
Sinto-me apertado, sem espaço para respirar e tomo decisões fugazes sobre o que não devo fazer... Será que esta interrogação sofrida vale a pena?... no futuro os sinais do tempo encarregar-se-ão de me dar uma resposta... espero com medo...

Problema de Expressão